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Pequenas Motos, Grandes Aventuras


Dá para viajar com uma moto pequena? É claro que sim!
De acordo com a legislação brasileira qualquer motocicleta devidamente licenciada pode encarar as rodovias e estradas de todo o Brasil.

É claro que a confortabilíssima Honda GL 1800 Goldwing seria a melhor opção para mastigar milhares de quilômetros mundo afora. Porém, se seu bolso ainda não "chegou lá", não adie seu sonho: a moto do dia-a-dia pode te levar onde você bem quiser.

Pop, CG, NXR, XRE... qualquer que seja a cilindrada ou potência de sua moto, a viagem será um sucesso. Basta apenas seguir algumas dicas importantes. Abaixo cinco conselhos fundamentais para encarar o desafio.

1ª OPTE PELO CAMINHO MAIS ADEQUADO

Nem sempre o melhor roteiro será o mais curto. Percorrer rodovias muito movimentadas, com limites de velocidade elevados, em uma moto de 150 ou 160 cc pode ser estressante demais. Assim, caso possível, opte por percursos alternativos, com limites de velocidade mais baixos. Fazendo isso o passeio será mais agradável. Esta dica vale principalmente para quem for realizar uma viagem realmente grande, como sair da região Sudeste para conhecer as praias do Nordeste. Já que vai demorar mesmo, que diferença vai fazer um dia a mais? Pressa de chegar e moto pequena não combinam.

2ª SUA MAJESTADE, O PLANEJAMENTO

Um motociclista viajante deve ser sempre precavido. Saber fazer o mínimo -tirar uma roda para consertar um pneu furado, trocar uma lâmpada ou esticar a corrente - é absolutamente necessário. Outro fator importante conhecer quantos quilômetros seu tanque permite rodar em ritmo de viagem e, na medida do possível, se informar sobre os postos de combustível presentes no roteiro pretendido. Ficar na beira da estrada sem combustível? Ninguém merece!

3º BAGAGEM MÍNIMA

Quanto menos você levar, melhor sua moto vai rodar. Peso excessivo reduz maneabilidade e aumenta consumo. Fora isso, o ideal é jamais levar bagagem no corpo. Uma pequena e leve mochila é o máximo. O resto, prenda na moto da melhor forma, de um modo fácil e seguro de soltar e voltar a prender.

4º CONFORTO MÁXIMO

Estar confortável sobre a motocicleta é uma regra de ouro para percorrer longos trechos durante dias e mais dias. Escolha um traje que ofereça a melhor proteção possível, mas que não faça sofrer. Sentir calor ou frio demais implica em perda de concentração e risco.

5º VÁ EM BOA COMPANHIA

Uma grande viagem em uma pequena moto pode ser feita com garupa? Pode sim. O item 3, acima, ficará prejudicado: perde-se velocidade, o consumo aumenta, a maneabilidade piora. Mas há compensações: uma (boa) companhia ajuda especialmente se acontecerem imprevistos, como um problema técnico (um fica tomando conta da moto, outro sai atrás de socorro). A receita ideal é, porém, partir em dupla, mas cada um com sua própria moto, e assim um vai tomando conta do outro.

O que mais é preciso saber? Estudar o roteiro, ouvir conselhos úteis (como por exemplo do seu mecânico) e, principalmente, aprender com a experiência alheia dos viajantes que tenham feito trajetos similares. E se você não conhece ninguém, apele aos livros. Um bom exemplo é o de José Albano, lendário fotógrafo cearense e motociclista tardio - comprou sua primeira moto quando tinha mais de quarenta anos.

Ao guidão de uma Honda ML 125 dos anos 1980, Albano rodou o Brasil todo de norte a sul em viagens que renderam fotos espetaculares e um livro, "O Manual do Viajante Solitário (Editora Terra da Luz, 2010). Nele estão todos os ensinamentos aprendidos em milhares de quilômetros, divididos por capítulos que enfocam aspectos práticos como o que levar, como diminuir o desconforto, quantos quilômetros rodar por dia e etc.. Um raro relato sobre viagens com motos pequenas que, como disse no início, são capazes de te levar a grandes aventuras.

Fonte: Honda